quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CADA VEZ MENOS ENERGIA AO LONGO DA CADEIA


                  Os produtores são o primeiro elo na transferência de alimento para os demais componentes da cadeia. Com o alimento também está sendo transferida energia química. Em meio a esta transferência nos ecossistemas, a quantidade de energia disponível diminui à medida que vai sendo transferida de um nível trófico para outro.
                  Essa diminuição acontece porque grande parte das substâncias, é consumida na respiração de seres vivos, que fornece a energia para mantê-los vivos. Além disso, parte da matéria - e portanto da energia - existente nas plantas é perdida pela morte ou por excreção, contendo assim uma pequena parte das substâncias a oferecer para o consumidor secundário, e assim sucessivamente.
                  Desta maneira, por exemplo, são necessários muitas plantas para alimentar um único caramujo durante sua vida; são precisos muitos caramujos para nutrir um só peixe carnívoro; e vários peixes carnívoros para uma só ave da margem.





Fonte: Biologia (César e Sezar). Unidade 3: Ecologia. Cap. 18: Energia e Matéria nos Ecossistemas. Pg. 328. (Adaptado por Tiago Alves Soares).

O FLUXO DE ENERGIA NA LAGOA: UM ESQUEMA


          Uma grande parte da energia absorvida pelos vegetais é consumida na respiração (seta amarela, à direita) e é dissipada sob a forma de calor. Outra parte (seta roxa, à esquerda) representa a perda por excreção e pela morte de parte dos vegetais; essa energia vai direto para os decompositores. A energia que sobra fica disponível para os consumidores primários, como caramujos, peixes herbívoros, larvas de insetos e zooplânctons. Somente uma parcela da energia recebida pelos consumidores primários e transferida aos consumidores secundários, pelos mesmos motivos, e assim sucessivamente até os consumidores terciários.
         Observe o esquema acima. Os decompositores (fungos e bactérias) recebem energia de todos os níveis tróficos do ecossistemas. Parte dessa energia  é utilizada na sua respiração e parte se dissipa na forma de calor.



Somente 10% em cada nível trófico

              Estima-se que cada elo da cadeia recebe aproximadamente 10% da energia que o elo anterior recebeu. Veja o esquema:


             O fato de haver essa redução em cada nível trófico permite-nos compreender por que uma cadeia alimentar não tem mais de quatro ou cinco elos. Quanto mais curta for a cadeia, maior será a quantidade de energia disponível para os níveis tróficos mais elevados.

Fonte: Biologia (César e Sezar). Unidade 3: Ecologia. Cap. 18: Energia e Matéria nos Ecossistemas. Pg. 329,330. (Adaptado por Tiago Alves Soares).

AS PIRÂMIDES ECOLÓGICAS


                 As PIRÂMIDES ECOLÓGICAS é uma das maneiras de representar o fluxo de energia num ecossistema. Estão subdivididas eme três modos:

  • Pirâmide de números: Indica a quantidade de organismos numa cadeia alimentar. Uma pirâmide de números tem o inconveniente de igualar os organismos, sem levar em conta seu tamanho e sem representar adequadamente a quantidade de matéria orgânica existentes nos diversos níveis.

Na cadeia ao lado vemos que 5 000 plantinhas são necessárias  para alimentar 500 gafanhotos, que por sua vez alimentam uma única ave.




  • Pirâmide de Biomassa: É construída pela avaliação das biomassas (conjunto de substâncias orgânicas) nos vários níveis tróficos de uma cadeia. O inconveniente da pirâmide de biomassa é porque ela não leva em conta o fator tempo; apenas representa a massa biológica num dado instante, não acusando, portanto, a velocidade com que a matéria orgânica é produzida. 

No esquema ao lado, você percebe que , no momento da medição, a biomassa de fitoplâncton é bem menor do que a de zooplâncton, devido a taxa de reprodução do fitoplâncton é muito mais elevada que a do zooplâncton, e a velocidade de consumo do fitoplâncton pelo zooplâncton é muito grande.



  • Pirâmide de Energia: Essas pirâmides nunca são invertidas: elas mostram sempre, de forma clara, o princípio da perda de energia a cada nível trófico. Um dos inconvenientes de qualquer tipo de pirâmide é o fato de não estarem retratados nelas os decompositores, que são uma parcela importante do ecossistema.

Fonte: Biologia (César e Sezar). Unidade 3: Ecologia. Cap. 18: Energia e Matéria nos Ecossistemas. Pg. 330, 331. (Adaptado por Tiago Alves Soares).

OS CICLOS DA MATÉRIA

           Na Natureza, átomos como os de nitrogênio, hidrogênio, carbono e oxigênio não são criados, destruídos ou transformados, mas sim reciclados. Ao contrário da energia que flui num único sentido, os nutrientes têm movimento cíclico no ecossistema. Falamos assim, em CICLOS DA MATÉRIA.
           Nos ciclos da matéria, a atividade dos decompositores é fundamental: eles degradam os restos de animais e vegetais, e devolvem ao solo, à água e ao ar os materiais que constituem esses restos e que poderão ser utilizados novamente.
           Veja a seguir os CICLOS da ÁGUA, do CARBONO, do NITROGÊNIO  e do FÓSFORO.

O CICLO DA ÁGUA

 
               A energia solar atua neste ciclo por fazer com que a água de mares, rios e lagoas evapore constantemente. O vapor de água que fica na atmosfera se condensa na forma de nuvem e volta à superfície sob a forma de chuva, neve ou granizo, repondo o volume hídrico de rios, lagoas e oceanos.
               O seres vivos, devido ao seu metabolismo que dependem totalmente da água para sobreviver, intervêm no ciclo.Os animais, inclusive o ser humano, ingerem água diretamente ou a obtêm do seu alimento. Parte dessa água é devolvida ao ciclo pela transpiração, pela urina e pelas fezes. Além disso, a respiração de todos os seres vivos produz como subproduto água, que acaba voltando ao ciclo.

O CICLO DO CARBONO


              Todas as moléculas orgânicas dos seres vivos - carboidratos, proteínas, lipídios e ácidos nucléicos - têm átomos de carbono em sua composição. Os tecidos dos animais são constantemente reciclados. O aspecto geral de nosso corpo não muda de um ano para outro; apesar disso, nossa matéria viva está o tempo todo sendo degradada e substituída, molécula por molécula, por substâncias provenientes de nosso alimento. Calcula-se em média que a cada quatro anos haja uma reciclagem total da matéria que compõe nosso corpo. Isso mostra que participamos de forma intensa dos ciclos da matéria.
              Na atmosfera, o gás carbônico é absorvido pelas plantas, que fazem fotossíntese e produzem alimento orgânico. Por meio das cadeias alimentares, o carbono "orgânico" é incorporado pelos herbívoros, e deles transferidos aos consumidores da comunidade. Todos esses organismos ao respirar devolvem gás carbônico para o ar ou para a água. Os decompositores, que degradam os resíduos e os cadáveres de animais e vegetais, também fabricam gás carbônico, que volta ao ciclo.

O CICLO DO NITROGÊNIO


               O nitrogênio é um elemento presente nas moléculas de aminoácidos, unidades das proteínas, e nas bases nitrogenadas, componentes dos ácidos nucléicos. Portanto, esse elemento está associado aos seres vivos.
               O ar atmosférico tem 78% de nitrogênio molecular na sua composição. Porém, são poucas espécies de microrganismos que conseguem retirar o nitrogênio do ar e incorporá-lo às suas moléculas, e transformá-lo em substâncias utilizáveis pelos seres vivos e o devolverem à atmosfera. Sem esses microrganismos, a vida não seria possível.
               As bactérias são de fundamental importância para que ocorra esse ciclo. Veja abaixo os microrganismos que participam nele e sua função:
  • Bactérias Fixadoras: transformam o nitrogênio do ar (N2) em amônia (NH3).
  • Bactérias Decompositoras: transformam os resíduos nitrogenados orgânicos em nitratos (NO3).
  • Bactérias Nitrificantes: transformam a amônia em nitritos (NO2) e posteriormente em nitratos(NO3) [Bactéria Nitrosomonas e Bactéria Nitrobacter, respectivamente].
  • Bactérias Desnitrificantes: transformam amônia e nitratos em nitrogênio molecular, devolvendo-o à atmosfera.
 O CICLO DO FÓSFORO


               O fósforo, um dos elementos que circulam nos ecossistemas, é de imensa importância para a vida. Faz parte dos ácidos nucléicos, do ATP, do fosfolipídios, e constroe um componente mineral dos ossos e dentes dos animais.
                Em sua forma inorgânica, o fósforo está presente na natureza principalmente como íon fosfato. As plantas absorvem esse íon e o utilizam para suas sínteses. Pela cadeia alimentar, compostos orgânicos com fósforo são transferidos para os consumidores. Por fim, os decompositores devolvem o fosfato ao ambiente quando degradam substâncias provenientes da excreção ou da morte tanto de produtores como de consumidores.
                Ganho: Por meio do intemperismo (decomposição das rochas).
                Perda: Por meio da água, que leva o fosfato para os ecossistemas aquáticos, onde se sedimentam e tornam a fazer parte de rochas em formação.

Fonte: Biologia (César e Sezar). Unidade 3: Ecologia. Cap. 18: Energia e Matéria nos Ecossistemas. Pg. 332-341. (Adaptado por Tiago Alves Soares).

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Plantas possuem memória e raciocínio

Experiência mostra que as folhas são capazes de se lembrar de eventos passados, aprender e trocar informações entre si.

por Bruno Garattoni
Quem tem plantas em casa costuma tratá-las com carinho - existe até quem converse com as suas. Não é para tanto. Mas uma experiência feita pela Universidade de Varsóvia constatou que as plantas são mais sofisticadas do que parecem - elas têm formas primitivas de memória, raciocínio e aprendizado. Ou seja, inteligência. Os cientistas poloneses colocaram uma planta da espécie Arabidopsis thaliana (parente da mostarda) num ambiente escuro. Em seguida, um feixe de luz foi projetado sobre uma folha. Os cientistas descobriram que essa folha era capaz de enviar instruções para as demais - que, apesar de não estarem recebendo nenhuma luz, imediatamente começaram a se preparar para isso. As plantas também são capazes de se lembrar, por até 4 dias, quando foi que receberam luz pela última vez - e até a tonalidade exata dessa luz. Os cientistas supõem que as plantas usem essa informação para saber em qual época do ano estão. "Isso poderia ajudá-las a se preparar contra doenças típicas de cada estação", dizem os autores do estudo. A memória e a comunicação das folhas usam um sistema de enzimas, que são armazenadas e transportadas pela planta. É o mesmo princípio que permite que as plantas "conversem". Em 2007, cientistas holandeses descobriram que os indivíduos de uma espécie de trevo, o Trifolium repens, estão interconectados e alertam uns aos outros da presença de lagartas parasitas - ameaça à qual as plantas reagem deixando suas folhas mais duras e menos apetitosas.




Fonte: www.Superinteressante.com.br

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

AS FONTES DE ENERGIA


     

Principais fontes de energia

· Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso país. A água possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa.

· Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.

· Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e transformada para gerar calor ou eletricidade.

· Energia de Biomassa – é a energia gerada a partir da decoposição, em curto prazo, de materiais orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metano produzido é usado para gerar energia.

· Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.

· Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas nucleares, embora raros, representam um grande perigo.

· Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.

· Energia gravitacional – gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no futuro, esta, será uma das principais fontes de energia do planeta.

      As fontes de energia têem grande importância para a vida do homem.Onde as fontes de energia não renováveis estão "destruindo" o planeta, mas o fato é que nenhum ser humano vive sem as mesmas. A fonte mais utilizada é a base do Petróleo, que é utilizada nas empresas automobilisticas entre outras.





Igor Pereira 










quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ECOLOGIA: ECOSSISTEMA

Ecologia é um conceito que a maioria das pessoas já possui intuitivamente, ou seja, sabemos que nenhum organismo, sendo ele uma bactéria, um fungo, uma alga, uma árvore, um verme, um inseto, uma ave ou o próprio homem, pode existir autonomamente sem interagir com outros ou mesmo com ambiente físico no qual ele se encontra. Ao estudo dessas inter-relações entre organismos e o seu meio físico chama-se Ecologia.
Mas, para termos uma definição histórica: “Pela palavra ecologia, queremos designar o conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza - a investigação de todas as relações entre o animal e seu ambiente orgânico e inorgânico, incluindo suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que tenham com ele contato direto ou indireto, - numa palavra, ecologia é o estudo das complexas inter-relações, chamadas por Darwin de condições da luta pela vida”. Foi assim que Ernest Haeckel, em 1870, definiu ecologia.
Assim, como em qualquer outra área, em Ecologia são definidas unidades de estudo, as quais são fundamentais para melhor compreensão desta Ciência. Utilizando-se um modelo de níveis de organização, fica mais fácil de compreendermos as unidades de estudo da Ecologia. 
IGOR PEREIRA